XXV – Desencontro de Melanchton e Lutero
Para podermos entender o desencontro destes
dois lutadores pela Reforma luterana, precisamos lembrar alguns fatos.
Melanchton era humanista, Lutero pastor. Os
dois tinham, portanto, dois modos de pensar.
Quando Lutero publicou as 95 teses,
Melanchton, como jovem professor na Universidade, criticou as mesmas. No
decorrer dos dias, os dois tornaram se amigos e Melanchton abraçou a causa da
Reforma. Lutero qualificou essa amizade
assim: “Uma amizade mais chegada que de irmãos”. Lutero reconheceu em
Melanchton o conhecedor de línguas.
Eles eram diferentes no caráter. Lutero
escreveu a respeito: “Eu sou rumoroso e agitado. Preciso guerrear contra
quadrilhas e diabos. Preciso remover torras, pedras, espinhos, ervas daninhas e
abrir caminhos. Mas o mestre Filipe vem atrás, silenciosamente, semeando e
regando com disposição e alegria, conforme os muitos dons que Deus lhe deu.
Gosto de submeter-me a ele. Não quero louvá-lo, pois, ele é uma criatura de
Deus, nada mais. Mas eu o honro dentro da obra de Deus. “ (Sämtliche Schrifeten
Luthers, Walch, vol xiv, pág. 456)
Melanchton foi estimado professor e
diretor da Universidade de Wittenberg,
(Praeceptor Germaniae). Na busca pela unidade da igreja predominou seu
espírito humanista. Ele deixou transparecer essa imprecisão na doutrina do
“livre arbítrio” e da “presença real na santa ceia”. Na busca pela unidade, ele
viajou a mais de 176 lugares na Europa e escreveu mais de 9.500 cartas,
espalhadas por mais de 20 países europeus.
A cisão
Na disputa com Zwinglio, em Marbach, 1529,
Martin Bucer (1491-1551) esteve presente e se encontrou com Lutero. Na ocasião
Lutero lhe disse: “Tu és um jovem muito afoito”. Bucer também esteve presente
na Dieta de Augsburgo, mas não a assinou, por discordar dela.
Várias foram as reuniões de diversos
líderes em busca da união. Bucer aproximou-se de Melanchton. Em Kassel prepararam
a reunião de Wittenberg. Ali Bucer convenceu Melanchton a aceitar um caminho do
meio com relação à presença real. A reunião para a Concórdia deveria se
realizar em Eisenach. Lutero adoeceu, os componentes concordaram em ir ao
encontro de Lutero e realizar a reunião em Wittenberg. Ela aconteceu em 26 de
maio de 1536. Melanchton foi até a cama de Lutero e perguntou se ele concordava
em substituir a palavra “com” pela palavra “em” Lutero respondeu: Se for no
nosso sentido, tudo bem. A “Concórdia” foi assinada. Ela não durou, pois os
outros a assinaram no sentido deles. E o primeiro a externá-lo foi Bucer.
Quatro anos depois, Melanchton, na reedição
da Confissão de Augsburgo em latim, modificou o artigo X da Confissão de
Augsburgo (esta passou a ser chamada a “Variata”).
Onde constava, texto latino: “De coena Domini docent, quod corpus et sanguis
Christi vere adsint et distribuantor vescentibus in (alteração: cum) coena Domini; et improband secus docentes”.
Texto alemão: “Vom Abendmahl des Herrn wird also gelehrt, dass wahrer Leib und
Blut Christi wahrhaftiglich unter der Gestalt des Brotes und Weins im (alteração: mit) Abendmahl
gegenwärtig sei und da ausgeteilt und genommen wird. Derhalben wird auch die Gegenlehre
verworfen.” Texto português: “Da ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro
corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na (alteração: com) ceia, sob a espécie
do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos. Por isso também se
rejeita a doutrina contrária. ” Isto é: O corpo e o sangue de Cristo são dados
na Santa Ceia em vez de “estão presentes na Santa Ceia, quer alguém o creia ou
não. Com esta alteração, o recebimento
do corpo e sangue de Cristo estão ligados à fé do comungante e não às palavras
de Cristo na instituição. “In pane, por cum pane”, palavras semelhantes, mas
com sentido diferente. Afinal, o que recebemos na Santa Ceia. ” Lutero, no
entanto, tinha confiança em Melanchton.
Köln
Veio o incidente de Köln. O arcebispo
Hermann von Wied convidou Bucer e Melanchton em 1543 para introduzir a Reforma
em Köln. Lutero estimulou Melanchton a ir e participar da introdução da
Reforma. Havia duas propostas na mesa. Uma elaborada pelo Presidente do Dom,
sr. Kaspar Grupper e outra por Bucer, intitulada “Enfältiges Bedenken”
(Considerações simples). Melanchton completou a proposta de Bucer com vários
outros artigos, mas deixou o artigo sobre a Santa Ceia como redigido por Bucer.
Neles constava que a Santa Ceia era “communicatio corporis et sanguinis
Christi, quae nobis cum pane et vino exhibetur. ” (A Santa Ceia é a comunicação
do corpo e sangue de Cristo que são nos exibidos com pão e vinho). Melanchton
estava bem ciente de que estas palavras jamais receberiam o endosso de Lutero,
mesmo assim as aceitou.
Tendo voltado a Wittenberg, Melanchton
prestou um relatório oral a Lutero e disse que foi tudo bem. Lutero confiou em
Melanchton e nem pediu o relatório por escrito. Um ano depois, Nikolaus von
Amsdorf recebeu o texto do Eleitor Johann Friedrich para que o examinasse. Ele
ficou assustado com o que leu e o enviou a Lutero. Devido ao muito trabalho,
Lutero não o leu logo. Quando o leu ficou profundamente chocado. A confiança em
Melanchton quebrou. Em determinado momento em que Melanchton trouxe a Lutero a
boa notícia de que o amigo deles N. Baumgarten foi libertado, Lutero desandou
em cima de Bucer. Ele não mencionou Melanchton, mas este sentiu e sabia que
toda essa fúria de Lutero contra Bucer valia a ele, Melanchton. Ele ficou
atordoado.
Seguiram-se meses em que os dois não se
falassem nem cumprimentassem. Ambos falaram, cada qual a seus amigos mais
próximos que queriam abandonar Wittenberg. Lutero disse, chega: Quero voltar
para Eisleben, sua cidade natal. Melanchton também disse a seus amigos que
queria abandonar a Universidade. Os amigos ficaram preocupados. O Eleitor temeu
pela Universidade, os amigos de Lutero temeram pela Reforma. Muitos falaram com
os dois. Mas estava difícil. Lutero foi com outros e também Melanchton, de
carroça para algumas conferências. Na viagem praticamente não se falaram, só o
administrativo essencial.
Mesmo assim, devido o respeito mútuo, os
dois não deixaram que esse desentendimento viesse bem a público. Por isso, em
questões públicas comuns os dois se mostravam cordiais, como se nada tivesse
acontecido. Mantiveram também uma farta correspondência a respeito de problemas
da Reforma.
Na ultima viagem a Eisleben, para serenar
uma disputa entre os condes de Mansfeldt, Melanchton ficou em casa. Ele mandou
uma carta a Lutero, datada no dia da morte de Lutero, na qual escreve:
“Digníssimo Doutor e querido Pai! Eu quero lhe agradecer pelas muitas e
carinhosas cartas que me escreveu. “ Melanchton estava consciente do tom de
reconciliação que Lutero lhe mostrava. Mas, Melanchton não mudou sua opinião
com respeito à “Presença Real” na Santa Ceia.
São Leopoldo, 2015
Horst
R Kuchenbecker
Fonte:
DIESTELMANN, Jürgen. Luther oder
Melnachton? Berlin: Pro BUSINESS, 2014.
XXVI- Catecismos: A Doutrina da Santa
Ceia e suas
interpretações
Ao longo dos
tempos houve diversos encontros e debates buscando uma formulação capaz de
reunir luteranos e reformados. Os diversos Catecismo e as diversas formulações
o confirmam. Importa, no entanto, permanecer na verdade. Aqui colocamos as
principais tentativas e formulações para compreendermos as artimanhas e
Satanás.
21.1 – A doutrina luterana
confessional
- Cat. de Lutero
Que é a Santa Ceia?
É o verdadeiro corpo e sangue de nosso
Senhor Jesus Cristo, para ser comido e bebido, sob o pão e o vinho, por nós
cristãos, como Cristo mesmo o instituiu... (Mt 26.26-28; Mc 14.23-24; Lc
22.19,20; 1 Co 11.23-25.
Como pode o ato físico do comer e beber
efetuar tão grandes coisas?
O comer e o beber, em verdade, não as
podem efetuar, mas sim a palavras: “Dado e derramado em favor de vós para
remissão dos pecados. Estas palavras, juntamente com o comer e o beber, são a
coisa principal no sacramento. E o que crê nestas palavras, tem o que elas
dizem e expressam, a saber, remissão dos pecados.
O que nos dizem estas palavras?
Na Santa Ceia Cristo dá a cada comungante
para confirmação da remissão dos seus pecados aquele mesmo corpo e sangue com
que adquiriu a remissão dos pecados sobre a cruz.
Por que ainda se cogita neste sacramento da
verdadeira dignidade?
São Paulo admoesta expressamente: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e
assim coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo,
come e bebe juízo para si (1 Co 11.28,29).
21.2 - Cat. De Heidelberg
P.79. - Por que,
então, Cristo chama o pão de “Seu corpo” e o cálice de “Seu sangue”, ou de a
“nova aliança no Seu sangue”, e por que Paulo fala da comunhão do corpo e do
sangue de Cristo?
R. Cristo fala dessa maneira por um motivo importante: Ele
quer nos ensinar pela Sua ceia que do mesmo modo como o pão e o vinho nos
sustentam a vida temporal, assim também o Seu corpo crucificado e o Seu sangue
derramado são o verdadeiro alimento e a verdadeira bebida das nossas almas para
a vida eterna. E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por esse sinal e garantia
visíveis, primeiramente, que pela operação do Espírito Santo nós participamos
do Seu verdadeiro corpo e sangue tão certo quanto recebemos com a nossa boca
esses santos sinais em memória dEle; e em segundo lugar, que todo o Seu
sofrimento e obediência são tão certamente nossos como se nós mesmos tivéssemos
sofrido e pago pelos nossos pecados. Jo 6.51, 55. 2. 1Co 10.16, 17; 11.26. 3.
Rm 6.5-11. Dia do Senhor 30
21.3 -
Confissão de Augsburgo Variata (alterada)
Textos latinos:
CA – De
coena Domini docent, ²quod corpus et sanguis Christi vere
¹adsint et ³distribuantur vescentibus in coena Domini; et improbant
secus docentes.
improbant
secus docentes.
Trad.: Da ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro
corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na ceia
sob a espécie do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos. Por isso
também se rejeita doutrina contrária.
CA
variata (alterada)
De coena Domini docent
²quod cum pane et vino ¹vere exhibeantur corpus et sanguis
Christi ³vescentibus in coena Domini.
(alterações em destaque)
Trad.: Da ceia do Senhor ensinam que com o pão e o
vinho o corpo e o sangue de Cristo são oferecidos aos que comem na Ceia do
Senhor.
Observe as diferenças enumerada no texto latino.
Observações:
- De
primeira vista, Lutero não fez objeções à Variata,
mas advertiu Melanchton e lhe disse: “Estimado Dr. Filipe! Este documento não é
seu, é da Igreja. ”
- Em 1539 Melanchton tinha
uma encontro com Calvino. Em 1540 Melanchton altera a Confissão de Augsburgo
para abrir as portas ao calvinismo. – Agora os calvinistas podiam aceitar e
participar, pois o poder da Santa Ceia não está mais na consagração, mas no
aceitá-lo em fé. Esta é a grande diferença até hoje: O que faz a Santa
Ceia? A consagração ou a fé da pessoa?
21.4 - Concórdia de Leuenberg – 1973
“Da Santa
Ceia do Senhor”
“Na Ceia do
Senhor, Jesus Cristo ressuscitado comunica-se a Si mesmo, no corpo e no sangue,
oferecidos por todos, através da promessa da palavra, com o pão e o vinho.
Assim, sem reservas, dá-se a todos que recebem o pão e o vinho, na fé, recebe-se a Ceia do Senhor, para
a salvação, na incredulidade para juízo. ”
A pergunta é: Afinal, o que recebemos na
Santa Ceia? Pois se não recebemos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo,
nascido da virgem Maria, dado e derramado por nós na cruz, recebemos o quê? A
resposta a esta pergunta não ficou claro nesta formulação.
O outro ponto é: o que faz a Santa Ceia
ser Santa Ceia? É a fé e não a consagração. – O documento foi assinada por
luteranos e reformados.
21.5 - Confissão
de Fé de Westminster
VII.
Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis
deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo
Crucificado e todos os benefícios da sua morte, e nele se alimentam, não carnal
ou corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente, não estando o corpo e
o sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, nem com
eles ou sob eles, mas espiritual e realmente presentes à fé dos crentes nessa
ordenança, como estão os próprios elementos aos seus sentidos corporais.
I
Cor. 11:28, e 10:16.
VIII.
Ainda que os ignorantes e os ímpios recebam os elementos visíveis deste
sacramento, não recebem a coisa por eles significada, mas, pela sua
indigna participação, tornam-se réus do corpo e do sangue do Senhor para a
sua própria condenação; portanto eles como são indignos de gozar comunhão
com o Senhor, são também indignos da sua mesa, e não podem, sem grande pecado
contra Cristo, participar destes santos mistérios nem a eles ser admitidos,
enquanto permanecerem nesse estado.
I Cor. 11:27, 29, e 10:21; II Cor. 6:14-16; I Cor. 5:6-7, 13; II
Tess. 3:6, 14-15; Mat. 7:6.
Conclusão – Houve
e sem dúvida ainda haverá, ao longo dos tempos, muitos outros esforços para
encontrar uma formulação que possa unir luteranos e reformados. Cabe-nos cuidar
para não sermos enganado. A pergunta deve permanecer: O que recebemos na santa
ceia, quer dignos ou indignos (por falta de conhecimento, verdadeiro
arrependimento ou incredulidade)? E a reposta dever ser clara sem subterfúgios:
o verdadeiro corpo e sangue de Cristo em, com e sob o pão e o vinho, para
consolo ou para juízo.
Conclusão
Se contemplarmos hoje a história do
luteranismo no mundo com a pergunta: Quem venceu: Lutero ou Melanchton? Há uma
só resposta: O pensamento errado de Melanchton venceu. Pois, somente um pequeno
grupo, hoje (na maioria das vezes) em comunhão com o Sínodo Evg. Luterano de
Missouri, a LCMS, mantém a doutrina de Lutero de que “em, com o sob o pão e o
vinho recebemos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo, dado e derramado por
nós. ” Os demais evangélicos e luteranos que não subscrevem o Livro de
Concórdia, negam esta realidade e falam em “simbolismo” ou “presença
espiritual” de Cristo, etc.
Cabe-nos permanecer fiéis às verdades
bíblicas expressa de forma clara em nosso Catecismo Menor e nas demais
confissões luteranas, reunidas no Livro de Concórdia de 1580.
São
Leopoldo, setembro de2015
Horst R.
Kuchenbecker
XXVII -
Comunhão de púlpito e
altar - Estudo
É vontade de Deus que todos os crentes
estejam filiados a uma congregação local, exceto em circunstâncias especiais.
Os hipócritas, mesmo sendo membros de uma comunidade local, não são membros da
Igreja universal, a igreja invisível, a família de Deus. Isto somente Deus pode
julga. Nós temos que nos orientar pela confissão de uma pessoa, se essa é
sincera ou não, cabe a Deus julgar.
Os crentes que vivem num lugar devem
erguer em seu meio o santo ministério e designar alguém, para que seja seu pastor,
para lhes ensinar a palavra de Deus, em sua pureza e com clareza, e administrar
os sacramentos, com instituídos por Deus. Repreender irmãos faltosos e exercer
a disciplina cristã (Cf.: Dogmática Cristã, pg.517ss.). Para preparar pessoas
ao ministério a igreja mantém, desde longa data Seminários, para a formação de
pastores. Em nosso Regimento Interna consta o seguinte: Art. 73 – Será considerado pastor da IELB
aquele que preencher os seguintes requisitos:
I. Aceitar a Escritura Sagrada como Palavra
infalível, revelada por Deus e
subscrever incondicionalmente os
documentos confessionais da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, reunidos no
Livro de Concórdia de 1580. II. Ter sido formado e recomendado ao ministério
pastoral pela Faculdade de Teologia da IELB, ou de uma de suas igrejas irmãs,
ou ter sido aceito por colégio.
Igrejas Ortodoxos e heterodoxos
É vontade e ordem de Deus que todos os cristãos ouçam, aprendam e
proclamem a Palavra de Deus em sua clareza e pureza. (Jo 23.30-32; 1 Tm 6.3-5)
Todo aquele que perverte a Palavra de Deus e ensinar sua própria doutrina em
lugar das verdades de Deus (Mt 15.9), é julgado por Deus como falso profeta,
dos quais os fiéis devem se afastar. (Rm 16.17; 2 Jo 10). A Escritura proíbe
também toda a conduta pecaminosa (1 Co 5.9-11; Ap 21.8; 22.15), bem como toda a
corrupção da fé cristã.
Todas as igrejas que toleram e seguem
falsos mestres são conhecidas como igrejas heterodoxas. Para que os crentes
possam distinguir corretamente entre as igrejas ortodoxas e heterodoxas, é
preciso ter em mente as seguintes verdades:
a)
Não
basta conhecer a verdade divina e as Confissões. É necessário ensiná-las em
acordo com a Escritura e reprimir todo e qualquer erro.
b)
Erros
acidentais não desqualificam uma igreja ortodoxa, mas,sim, sua
tolerância de erros.
c)
Igrejas
heterodoxas são seitas por sua adesão a erros, mas ainda são igrejas, porque
ainda aceitam verdades cristãs. (Dogmática Cristã pág. 518-520).
Comunhão com igrejas
heterodoxas é inadmissível
A Palavra de Deus nos exortam ao amor ao
próximo e a nossos inimigos, e a amarmos de fato e de verdade (Mt 22.39; Mt
6.44; 1 Jo 3.18). Isto não significam que devemos aprovar os falsos profetas.
Diante da objeção de que o unionismo religioso está firmado na ordem de Cristo:
“a fim de que todos sejam um” (Jo 17.21) e do princípio do amor cristão (Rm
13.10); 1 Co 13.7), cumpre lembrar o seguinte:
a)
O
verdadeiro amor cristão se orienta pela Palavra de Deus e não simplesmente
pelos sentimentos ou opiniões da maioria;
b)
A
unidade operada pelo Espírito Santo é operada mediante a Palavra de Deus e
consiste em unidade de fé e do testemunho desta verdade;
c)
O
perigo do unionismo religioso consiste na profissão da falsidade. Lutero
afirma: Quem tem sua doutrina, fé e confissão por verdade, correta e certa, não
pode ficar no mesmo estábulo com outros, que têm doutrinas errôneas ou
sendo-lhes favoráveis. (XVIII, 1996; pág. 521,522)
Comunhão de púlpito e de altar
O que significa
comunhão de púlpito e de altar?
Púlpito. Quer alguém o use ou não o púlpito
na hora do ensino e da pregação, o significado é: Não permitir que alguém, com
o qual não temos formalizado oficialmente concordância na doutrina, isto é,
unidade em doutrina e praxe – de forma mais específica: Que não aceita a Bíblia
como única, inspirada e infalível Palavra de Deus e nossas Confissões do Livro de Concórdia como a correta
exposição da Bíblia - pregue e ensine em nossos cultos. Também não lhe
permitimos postar-se em nosso culto diante do altar para dirigir a congregação
em oração a Deus, nem que participe em nosso altar da Santa Ceia ou de sua
distribuição. Isto é algo duro para os nossos dias.
Antes de
focalizarmos algumas perguntas, importa lembrar que com tal atitude não estamos
julgando a pessoa à quem não damos as mãos em comunhão, quanto o ser ou não cristão;
nem estamos dizendo que ele não seja cristão. Ele poderá até ser, apesar de
seus erros doutrinários, um cristão e, em sua fé, mais forte do que nós.
A comunhão de
púlpito e de altar não é estabelecida pelo pastor ou uma Comunidade
individualmente, mas pela corporação religiosa, isto é, o Sínodo.
No passado, em
diversas ocasiões, nossa igreja irmã, a Lutheran Church Missouri Synod (LCMS)
discutiu a possibilidade de uma comunidade estabelecer comunhão seletiva. Por
comunhão seletiva entendemos o seguinte: Uma Comunidade nossa tem boas relações
de amizade com a Comunidade de Confissão na mesma cidade. Os dois pastores
concordam na doutrina e propõe comunhão de púlpito e de altar. Nossa igreja não
aceita tal comunhão por um fato bem simples. Amanhã, pode haver troca de
pastores na Comunidade de Confissão. Como entre eles há certa liberdade quanto
à doutrina, poderá vir um pastor liberal (ou até uma pastora), o que obrigaria
nosso pastor a dissolver a comunhão estabelecida. Os membros, de ambos os
lados, dificilmente compreenderiam isso. A dissolução da comunhão seria um
escândalo.
Portanto, comunhão
de púlpito e de altar só poderá ser estabelecido e formalizado pela Convenção
Sinodal de nossa igreja. Ela também tem o direito, se houver motivos bíblicos,
para dissolver uma comunhão estabelecida.
Nada impede as
diversas comunidades cristãs, manterem boas relações de amizades e atuarem em
diversos assuntos, in externis,
juntos.
Perguntas
Senão podemos deixar um pastor de outra denominação orar
diante de nossos altares, isto significa que eu, em particular não posso orar
com uma pessoa de outras confissões cristãs, quer sejam católicos ou
evangélicos? – A oração particular é algo diferente da oração pública. Mesmo
assim devemos ter todo o cuidado. Por exemplo, não posso orar o Ave Maria com
um católico. Nossos doentes se queixam de que quando acamados nos hospitais,
pessoa das seitas, por vezes, até parentes e amigos, ou capelães do hospital,
dizem: Vou ourar por você. A gente nem tem forças para responder, e eles já
colocam sua mão sobre nossa cabeça e clamam: Sai demônio, vai embora, etc.
Outra coisa é se
numa reunião de estudos entre pessoas, ou pastores de várias igrejas, alguém
ora pedindo que o Espírito Santo nos guie nesse estudo.
Por outro, o Dr.
H. Sasse fala a respeito da Assembleia em Leuenberg. Esta Assembleia, após
vários dias, concordou num documento a respeito da união entre luteranos e
reformados. Eles enceraram a reunião, dizendo: Isto é obra do Espírito Santo e
concluíram a reunião entoando todos o Te
Deum. O Dr. Sasse pergunta: Onde ficou o “Agradou ao Espírito Santo e a
nós” (At 15.28). Pois pela Escritura sabemos que tal união entre verdade e erro
não agradou ao Espírito Santo.
O que dizer quando
após a explosão das torres gêmeas nos Estados Unidos da América, as igrejas
convocaram para um grande dia de oração. Numa grande roda, todos líderes
religiosos: cristãos, católicos e evangélicos, islamitas, budistas, seichonoiê,
etc. oram juntos. Cada um dos presentes disse alguma frase. Depois oraram o Pai
Nosso e os islâmicos uma oração deles. O pastor da LCMS, ali presente, foi
fraternalmente reprendido e solicitado a externar à LCMS, seu pedido de
desculpas por esta participação. Muitos pastores na LCMS não concordaram com
esta repreensão, que, no entanto, estava certa.
Culto e Celebração
Outro detalhe que
precisa ser clarificado é a questão de Culto e Celebração. Muitos veem essas
duas palavras como sinônimos. Lemos nos Salmos: “Celebrai com júbilo ao Senhor” (Sl 100). Isto é tomado como culto e
entendido também assim por nossos pastores. Daí a pergunta: Quando somos
estimulados a celebrar a Reforma Luterana com outras igrejas, qual o
significado da palavra “celebrar”? Festejar os 500 Anos da Reforma com outras igrejas que também querem celebrar
esta data com cultos de gratidão a Deus pela Reforma? Acredito que muitos
pastores nossos o entendem assim.
Por celebração
entendemos a comemoração de um evento ou data, como por exemplo: O dia da
Bíblia, a Reforma Luterana, o dia de Finados ou mesmo uma catástrofe.
Nesses momentos
com outras igrejas mantemos uma “celebração não cúltica”. O que é isso? Há
diversas igrejas interessadas na celebração de uma data ou evento. Igrejas com
as quais não temos comunhão de “púlpito e altar”. Nestes casos, convidamos ou
se formos convidados, deixamos claro que não participaremos de cultos, mas
convidamos para uma celebração. Nesta celebração cada qual poderá dar sua
mensagem. De preferência não usamos orações.
Em alguns casos se usa uma oração comum às denominações, ou simplesmente
a bênção apostólica (2 Co 13.13). No passado, no tempo de nosso estimado prof.
Paul Schelp, participamos da celebração do dia da Bíblia na praça em frente ao
Correio, no centro de Porto Alegre. Vários pastores das diversas igreja evangélicas
falaram, bem como o nosso prof. P. Schelp. Ele colocou com toda a clareza e
firmeza de que, para a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, “a Bíblia é a
palavra inspirada, infalível e inerrante de Deus. Única autoridade na Igreja
para a fé e avida, cujo centro é Cristo”. Ficou bem nítido a diferença entre
nossa posição e a posição das outras igrejas frente a Bíblia. Cada um terminou
sua fala, pedindo que Deus abençoe a Soc. Bíblica do Brasil, em sua missão de
difundir a Palavra de Deus.
Em momentos de
calamidades, os dirigentes pedem aos presentes que todos se deem as mãos para
uma oração. Mesmo estando ali presente, talvez até tendo dito algumas palavras
de consolo, não ficaremos no círculo, nem daremos as mãos. Nisto muitas vezes
não seremos compreendidos. Isto já me aconteceu diversas vezes. Melanchton se
queixou, certa vez de que, por causa do evangelho, temos que ficar separados de
familiares, amigos e colegas. Nesta nossa posição com respeito à comunhão de
púlpito e altar, não sermos compreendidos.
Santa Ceia
Em relação à Santa
Ceia, houve, desde o encontro de Lutero com Zwínglio, inúmeros encontros
tentando costurar a brecha entre luteranos e reformados. Encontros até
jubilados, nos quais se julgou ter encontrado a fórmula para a união das duas
denominações. Um dos últimos encontros, muito jubilado, foi a Concórdia de
Leuenberg, 16/03/1973, ainda hoje muito estudada e debatida. As igrejas
luteranas reunidas na Conferência
Internacional Luterana (CIL) não a assinaram, por não concordarem com a
formulação sobre o batismo, a Santa Ceia e a cristologia. São, por isso,
acusados de perturbadores da paz.
Nos livros atuais,
como: Vom Konfligt zur Gemeinschaft,
Evg. Verlagsamt, Bonifácio, Leipzig, 2103; A
Comunhão e Eucarísica é possível, Sinodal, 2006, temos em resumo o
seguinte: “Ninguém tem o direito de negar a Santa Ceia a uma pessoa que foi
batizada em nome do Deus trino, que, como pecador crê na graça de Cisto e na
presença de Cristo na Santa Ceia”. De primeira vista a frase parece estar
correta. Mas, se perguntarmos: O que faz a Santa Ceia ser Santa Ceia? A
consagração pelo pastor ou a fé da pessoa? Ouviremos muitas vezes a resposta: A
fé da pessoa! Crer que a consagração o faz é catolicismo. Uma outra pergunta: A
pessoa que vai à Santa Ceia e não crê na presença real do corpo e sangue de
Cristo, recebe o que? A resposta mais comum é: Ele não tem a bênção da Santa
Ceia, enquanto que a Bíblia afirma: “Recebe o corpo e sangue de Cristo, para
seu juízo”. Assim como no dia do Juízo Final todos verão a Cristo, os fiéis o
receberão com júbilo, enquanto os descrentes o verão e tremerão diante dele;
assim na Santa Ceia. Todos os que vão à mesa da Santa Ceia corretamente
instituída, recebem a Cristo, os fiéis para a bênção, os incrédulos para juízo.
E os pastores tem a responsabilidade na administração. Claro que eles não podem
ver o interior da pessoa, se crê ou não crê, mas se orientam pela confissão da
pessoa. Se uma pessoa está filiada a uma outra confissão, o pastor tem a
responsabilidade de adverti-la.
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Superior de Teologia, 2006.
10. MUELLER, John T. Dogmática Cristã. Editora
Concórdia/ Editora da ULBRA, Canoas, RS, 4ª Edição, 2004.
11. (Fonte: DIESTELMANN, Jürgen. Luther oder Melanchton? Berlin: Pro BUSINESS GmbH, Alemanha, 2014).
São Leopoldo, Abril de 2016
Horst
R. Kuchenbecker
XXVIII – Objetivos na celebração dos 500 Anos da Reforma Luterana
Quem pretende celebrar a Reforma Luterana? Resposta: Todas as igrejas
cristãs, inclusive a Igreja Católica. A Década
da Reforma que iniciou em 2007 e está em desenvolvimento até 2017, já nos
deu uma amostra de como serão os festejos dos 500 Anos da Reforma. Mesmo que os católicos elogiem os irmãos
evangélicos luteranos e se resolveu não invocar as condenações mútuas do
passado (Declaração Conjunta Católica Romana e Federação Luterana Mundial,
1998), é preciso lembrar que as condenações não foram removidas. O que dizer do
decreto do Papa Francisco sobre: O Ano
Santo da Misericórdia, que não é outra coisa do que a um incentivo às
Indulgências em nossos dias. Por outro, não faltam nos festejos celebrados até
aqui declarações de bispos que exortam os evangélicos luteranos a voltarem para
a Igreja Mãe. Isto significa: Reconheçam seus erros e aceitem o Papa de Roma
como único representante de Cristo na terra. Por outro, discursos do mundo
evangélico em geral e de luteranos mais liberais, também nos deixam apreensivos
por nos considerarem obstinado perturbadores da paz, por não entrarmos no
espírito da União Prussiana, por não
lutarmos por um unionismo, etc.
Diante de tudo isso surge a pergunta: Qual é o nosso objetivo na
celebração dos 500 Anos da Reforma? O
que queremos celebrar, como, com quem e para que?
Conclusão
Qual o nosso objetivo nas celebrações dos 500 Anos da Reforma Luterana?
Estamos criando grande
expectativa em torno dessa data. Mas o que queremos? Quando se cria uma
expectativa e essa falha, surge grande desilusão.
Vejamos quais os objetivos das diversas Igrejas Cristãs que se preparam
para os 500 Anos da Reforma.
- Católicos
querem participar. Qual a sua mensagem e expectativa? Eles afirmam: Lutero
dividiu a Igreja Cristã, como poderemos celebrar essa data com vocês? Só há um
caminho: Arrependimento e volta à Igreja
Mãe. Argumentam para tanto ainda com
o primeiro passo dado entre a Igreja
Católica e a Federação Luterana
Mundial, pela assinatura do documento da Doutrina da Justificação por Graça (1998). – Poderemos celebrar com
eles?
- Evangélicos em geral querem celebrar a
data. Eles são filhos da Reforma. Qual a sua mensagem e expectativa? Eles
afirmam: O maior empecilho na missão é a divisão da cristandade. Está na hora
de todos nós nos unirmos em amor, como Jesus o quer: “A fim de que todos sejam um” (Jo 17.21), mesmo na diversidade. Isto
é colocar o amor acima da palavra de Deus, em primeiro lugar e a Bíblia em
segundo? Ora, o verdadeiro amor se orienta pela palavra de Deus, caso contrário
não é amor. – Podemos celebrar com
eles?
- A IECLB e os Reformados (Igreja Presbiteriana), querem celebrar
conosco. Qual a mensagem e expectativa deles? Eles defendem a união entre luteranos
e reformados e se chocam com nossa posição de ainda não estendermos as mãos a
eles para comunhão. Eles esperam que a celebração dos 500 Anos da Reforma Luterana concretize o documento de união de
Leuenberg. Julgam que nossa posição de não termos assinado esse documento e nos
mantermos separados deles é pura obstinação. Eles julgam que hoje não se pode mais
admitir nossa insistência na “presença real” do corpo e sangue de Cristo na
Santa Ceia, nossa insistência no quia
e rejeição do quatenus em relação à
Bíblia, nossa separação de púlpito e altar a els e outros cristãos. – Podemos
celebrar com eles?
Bem, se não podemos celebrar com eles, qual é, então, a nossa mensagem
para os 500 Anos da Reforma Luterana?
Nossa mensagem para nossos membros e para nossos irmãos de fora?
Nós queremos celebrar no espírito de
Lutero e de nossos pais, a saber:
- Agradecer a Deus pela restauração da
verdade.
- Arrependedimento, por não terrmo-nos apegado à
verdade bíblica como deveríamos e pela falta de um vigoroso zelo missionário,
a saber confessar corajosamente a verdade bíblica, expressa em nossas
confissões.
- Ao mesmo tempo, queremos reafirmar
nosso propósito confessional: Crer, ensinar, confessar a verdade bíblica,
resumida em nossas Confissões do Livro
de Concórdia de 1580, rejeitar e condenar os ensinos contrários.
– Com muita razão o Bispo Voigt da SELK perguntou: Década de Lutero ou Década da Confissão? Não idolatramos Lutero. Cantamos: Deus
despertou Lutero (HL 163). Lutero foi servo de Deus. A Reforma é obra de Deus para
restaurar a verdade na Igreja Cristã, isto requer de nós que ensinemos a nossos
membros com respeito às 95 teses, e
que levemos nossos membros a conhecerem, pelo menos, as primeiras 14 teses da
Confissão de Augsburgo, dando claro testemunho dessa verdade às igrejas
evangélicas que nos certam.
- Será que nossos pastores e membros
ainda compreendem esta posição?
- Como no passado, também hoje, não
seremos compreendidos, em nossa confissão, nem por muitos de nossos irmãos
luteranos, nem pelas outras igrejas cristãs. Lutero teve que lutar, em sua época,
contra reis e príncipes, contra os filósofos, como Erasmo e seus seguidores,
contra a religiosidade de sua época, sim, contra o povo em geral, que preferiam
as obras em lugar da graça de Cristo.
- Só festejar, sem confessar nada? - Isto não faz sentido.
Podemos, sim, participar de celebrações não cúlticas com outras igrejas,
nas quais cada um dará seu testemunho, sem compromissos com os outros
participantes. Oportunidade na qual daremos claro testemunho de nossa
confissão.
- Nosso objetivo: Confessar vigorosamente, de
forma clara, em amor e cordialidade, nossa posição doutrinária, conforme
nossa confissão expressa no Livro de Concórdia de 1580; para ser
mais breve, conforme o Catecismo Menor, explicado por
Schwan; na expectativa de firmar nossos membros nestas verdades. Sem
dúvida, muitos cristãos de outras igrejas se alegrarão em conhecer as verdades
bíblicas. Que Deus, por sua graça, abençoe a celebração dos 500 Anos da Reforma.
São Leopoldo, 30 de junho de
2016
Horst
R. Kuchenbecker
Olá pastor Horst Kuchenbecker!
ResponderExcluirVocê escreveu o seguinte na conclusão do assunto XXVI - Catecismos: A Doutrina da Santa Ceia e suas interpretações que você postou acima:
"Conclusão
Se contemplarmos hoje a história do luteranismo no mundo com a pergunta: Quem venceu: Lutero ou Melanchton? Há uma só resposta: O pensamento errado de Melanchton venceu. Pois, somente um pequeno grupo, hoje (na maioria das vezes) em comunhão com o Sínodo Evg. Luterano de Missouri, a LCMS, mantém a doutrina de Lutero de que “em, com o sob o pão e o vinho recebemos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo, dado e derramado por nós. ” Os demais evangélicos e luteranos que não subscrevem o Livro de Concórdia, negam esta realidade e falam em “simbolismo” ou “presença espiritual” de Cristo, etc.
Cabe-nos permanecer fiéis às verdades bíblicas expressa de forma clara em nosso Catecismo Menor e nas demais confissões luteranas, reunidas no Livro de Concórdia de 1580. São Leopoldo, setembro de2015
Horst R. Kuchenbecker"
Pastor Horst Kuchenbecker,
Está escrito no assunto "This We Believe", website: (https://wels.net/about-wels/what-we-believe/this-we-believe/means-of-grace/) que foi postado pela Wisconsin Evangelical Lutheran Synod:
"We believe that all who join in the Sacrament of the Lord’s Supper receive the true body and blood of Christ in, with, and under the bread and wine (1 Corinthians 10:16). This is true because, when the Lord instituted this sacrament, he said, “This is my body. This is my blood of the covenant, which is poured out for many for the forgiveness of sins” (Matthew 26:26,28). We believe that Christ’s words of institution cause the real presence—not any human action. As believers receive his body and blood, they also receive the forgiveness of sins (Matthew 26:28) and the comfort and assurance that they are truly his own. Unbelievers also receive Christ’s body and blood, but to their judgment (1 Corinthians 11:29)."
"We reject all teachings that the Sacrament of the Altar offers nothing more than signs and symbols of Jesus’ sacrifice, thereby denying that Christ’s true body and blood are received in the Lord’s Supper. We reject the view that those who eat the body of Christ in the sacrament merely receive Christ spiritually by faith. We reject the claim that unbelievers and hypocrites do not receive the true body and blood of Jesus in the Sacrament."
Pastor Horst Kuchenbecker,
A Wisconsin Evangelical Lutheran Synod é uma das igrejas que tem título de luterana que acredita que todos os que se juntam no sacramento da Ceia do Senhor recebem o verdadeiro corpo e sangue de Cristo em, com e sob o pão e o vinho (1 Coríntios 10:16).
Quais são as outras igrejas luteranas que mantém a doutrina de Lutero de que “em, com e sob o pão e o vinho recebemos o verdadeiro corpo e sangue de Cristo, dado e derramado por nós?